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POR QUE É IMPORTANTE SE VACINAR?

É comum vermos em vários meios de comunicação informações relacionadas à mortes provocadas por doenças como gripe, sarampo, dengue, meningite e tantas outras enfermidades causadas por micro-organismos.


De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados até o momento 14 mortes causadas por febre amarela e vários outros casos de suspeita da doença, que estão sendo investigados[1]. Considerando que vivemos em melhores condições de higiene e saneamento básico, além das vacinas, por que ainda ouvimos notícias como essas?


O fato é que mesmo que a ciência tenha avançado quanto ao controle de algumas doenças ainda é necessário campanhas de conscientização para informar a população sobre a importância da vacinação, pois tem crescido o número de movimentos antivacina, colocando em risco toda a comunidade. Uma das alternativas para combater a desinformação é levar esse debate para a escola e investir em divulgação científica[2].


Os dados demonstram que, ao compararmos os índices de mortalidade de décadas anteriores com os índices atuais houve uma redução expressiva. Como exemplo temos a paralisia infantil, causada pelo vírus da poliomielite, na qual haviam mais de 45 000 casos registrados em 1953 nos Estados Unidos e em 1962 esse número baixou para 910 casos[3]. O mais interessante foi o fato de que o pesquisador Jonas Salk não patenteou a vacina, tornando-a disponível mais rápido para a população [3]. Um ato nobre, devo dizer!


Tendo em vista tudo o que foi anunciado até aqui ainda reside a pergunta “Por que algumas pessoas não confiam nas vacinas?” E para responder a essas pergunta é preciso entender como as vacinas funcionam.

Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês), as vacinas funcionam imitando uma infecção, estimulando uma resposta do sistema imunológico contra os agentes invasores. O órgão também salienta que, podemos apresentar febre e outros sintomas em menor escala, se tratando de uma reação normal e esperada, pois se trata da adaptação do sistema imunológico[4].



Ainda, de acordo com o órgão existem diferentes tipos de vacinas, elaboradas de acordo com os tipos de micro-organismo e grau de infecção. São elas:

-> Vacina como o agente vivo atenuado. Combatem vírus e bactérias. São desenvolvidas com o agente vivo, mas enfraquecido, evitando que cause problemas graves em pessoas com a imunidade enfraquecida. Um exemplo é a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola.

-> Vacinas com micro-organismo inativo. Combatem vírus e bactérias. São elaboradas com o agente morto ou inativo. Frequentemente, requer múltiplas doses para formar/manter a imunidade. A vacina da pólio é um exemplo.


-> Vacinas toxoides. Previnem doenças causadas por bactérias que produze toxinas no organismo. Na fabricação são utilizadas as toxinas enfraquecidas (toxoides) produzidas pelo agente, ensinado ao sistema imunológico como eliminá-las. A vacina contra o tétano e à difteria são um exemplo.


-> Vacinas de subunidade. São produzidas com partes do micro-organismo. Por conterem apenas os antígenos (substâncias que levam à produção de anticorpos) do agente, tornando efeitos colaterais menos comuns. Um exemplo dessa classe é a vacina contra a coqueluche.


-> Vacinas conjugadas. Combatem diferentes tipos de bactérias. Tais bactérias possuem um envoltório de polissacarídeos, na qual são conectados a um antígeno contido na vacina, permitindo ao sistema imunológico localizar esses micro-organismos. A vacina contra Hib (agente causador da meningite bacteriana) pertence à essa classe.

Mesmo as doenças que não parecem tão perigosas como a catapora podem levar a complicações que podem ser fatais, pois ninguém pode prever qual será a gravidade de uma infecção. Além do mais, é mais econômico tomar uma vacina do que custear um tratamento hospitalar. Por isso, é muito importante que se realizem campanhas de vacinação.


A história da descoberta e do desenvolvimento das vacinas possui mais de duzentos anos e vários esforços foram realizados para que pudéssemos ter a qualidade de vida que temos hoje. Se várias pessoas forem vacinadas a transmissão das doenças diminui e assim protegemos quem não pode se vacinar, por ser alérgico ou se enquadrar em grupos de risco como gestantes.


Portanto, se não está com as vacinas em dia corra para se vacinar. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza ao todo 19 vacinas para mais de 20 doenças. Basta ir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima levando o cartão de vacinação.

Lembre-se: a maior doença é a DESINFORMAÇÃO. Vacine-se!!!

Referências

[1] Febre amarela causa a morte de 14 pessoas em 2019, diz ministério. Portal G1. Globo Comunicações e Participações S.A. Disponível em: < https://g1.globo.com/bemestar/febre-amarela/noticia/2019/06/17/febre-amarela-causa-a-morte-de-14-pessoas-em-2019-diz-ministerio.ghtml >. Acesso em: 04/07/2019.

[2] Educação, uma vacina contra fake news. Revista Ciência Hoje. Disponível em: < http://cienciahoje.org.br/artigo/educacao-uma-vacina-contra-as-fake-news/ >. Acesso em: 04/07/2019.

[3] History of Salk. Salk Institute for Biological Studies. Disponível em: < https://www.salk.edu/about/history-of-salk/ >. Acesso em: 04/07/2019.

[4] Understanding How Vaccines Work. Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: < https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/conversations/provider-resources-safetysheets.html >. Acesso em: 04/07/2019.


Para saber mais!

- Vacinação: quais são as vacinas, para que servem, por que vacinar, mitos. Ministério da Saúde. Disponível em: < http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/vacine-se >.

- Cartilha de vacinas. Organização Pan-Americana da Saúde. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cart_vac.pdf >.

- Vacinação: os 8 mitos que estão levando ao ressurgimento de doenças evitáveis. BBC News Brasil. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/geral-47200326 >.

- Por que o movimento antivacina não tem um pingo de sentido. Saúde, Abril. Disponível em: < https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/por-que-o-movimento-antivacina-nao-tem-um-pingo-de-sentido/ >.

- Pasteur, ciência para ajudar a vida. Revista Química Nova na Escola. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/historia.pdf >.

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